Anna e o beijo francês

7 de setembro de 2011

Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
 
Páginas: 288
Sinopse: "“Isto é tudo o que sei sobre a França: Madeline, Amélie e Moulin Rouge. A Torre Eiffel e o Arco do Triunfo também, embora eu não saiba qual a verdadeira função de nenhum dos dois. Napoleão, Maria Antonieta e vários reis chamados Louis. Também não estou certa do que eles fizeram, mas acho que tem alguma coisa a ver com a Revolução Francesa, que tem algo a ver com o Dia da Bastilha.O museu de arte chama-se Louvre, tem o formato de uma pirâmide, e a Mona Lisa vive lá junto com a estátua da mulher sem braços. E tem cafés e bistrôs — ou qualquer nome que eles dão a estes — em cada esquina... Não é que eu seja ingrata, quero dizer, é Paris. A Cidade Luz! A cidade mais romântica do mundo.” Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris, já que seu pai, um famoso escritor norte-americano, decidiu enviá-la para um colégio interno na Cidade Luz. Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, uma melhor amiga fiel e um namoro prestes a acontecer. Mas, ao chegar a Paris, Anna conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito. Só que Etiénne, além de tudo, tem uma namorada... Anna e Etiénne se aproximam e as coisas ficam mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer?"

'Anna e o beijo francês' tem uma ótima receita para um livro. Eu esperava que o livro fosse bom, mas é muito mais do que isso: é fofo, engraçado, romântico. Ou seja, tem um mar de post-it nele - nunca usei tantos. 
Após ser obrigada por seu pai a ir estudar em um colégio na França e ver que não tinha como escapar disso, Anna se vê obrigada a deixar sua mãe, irmão, os amigos e um possível futuro namorado para trás. Ao chegar lá ela conhece Meredith que lhe apresenta para o seu grupo de amigos - Josh e Rashimi, que são namorados e St. Clair cuja namorada Ellie fazia parte do grupo até ir para a faculdade - ao qual ela começa a fazer parte. Anna, acompanhada dos novos amigos e principalmente de St. Clair vai viver aventuras e fazer descobertas inesquecíveis na Cidade da Luz.
"- Espere um pouco. - Meredith tapa o fone. -  Foi um prazer conhecê-la. Vejo você no café da manhã?- Claro. Vejo você lá. - Eu tento parecer casual, mas estou tão entusiasmada que mal saio do quarto dela e dou de cara com a parede.Opa. Não é uma parede. É um garoto."
Anna é adorável e o St. Clair... bem, acho que indescritível cairia bem para ele.
Uma coisa que achei interessante é que, diferente de muitos livros, o mocinho não é perfeito, mas isso não importa para ela. Ele é perfeito no ponto de vista da Anna, o que torna a coisa toda mais realista, e também, nesse livro ele é que tem um ponto fraco - um medo - e não a mocinha, que na maioria das vezes é frágil, não faz nada sem ajuda e precisa ser salva o tempo todo.
"- Bom, se você nao vai tocá-lo, eu vou. - Não corro nenhum perigo quanto a isso - abaixo a minha voz para um sussurro zombeteiro. - Você sabe, ouvi dizer que você tem de fazer sexo de verdade para ficar grávida.Vejo a pergunta aparecer imediatamente na minha cabeça. Que droga. Talvez eu tenha sido muito precipitada no meu comentário. St. Clair parece meio envergonhado, meio curioso. - Então, er, você é virgem?Argh! Eu e minha boca grande." 
Algo que a Anna tem em comum com as garotas do mundo todo é: "Quem nunca se apaixonou por alguém comprometido?". A questão de ser correspondida ou não depende das circunstâncias, mas provavelmente quem ainda não passou por isso vai passar um dia. E dói... O fato é, não importa o resultado, sempre alguém acaba sofrendo - e não é o homem, ao menos que as duas mulheres o deixem na pista. 
Uma coisa que me atraiu primeiro foi o título, já que um certo francês parecia interessante... :X
Eu gosto desse capa, acredito que contribua com o título para dar uma 'introdução' sobre o que o livro vai tratar. Sem contar que não mostrar boa parte do homem - principalmente o rosto - dá um ar de mistério e desperta a curiosidade.
Encontrei alguns errinhos na edição, mas nada que comprometa o entendimento.
Na minha humilde opinião, o livro tem a dose certa dos ingredientes para encantar os leitores. E o interessante é que ele, por ser um livro que não tem continuação*, deixaria coisas a desejar, mas pelo contrário, ele termina e o destino das personagens basta a nossa mente criar. E a explicação para isso é que um livro não acaba no ponto final, ele continua dentro de nós na memória e na imaginação. Quando lemos, damos vida ao livro e preenchemos os acontecimentos com o nosso conhecimento de mundo, as nossas experiências. Tudo isso torna a leitura especial, pois mesmo sendo um único livro, cada pessoa que ler o transformará em um livro diferente, assim como parecerá diferente cada vez que a mesma pessoa o ler. É mágico!


OBS.: *Eu realmente achei que o livro não teria continuação, mas já sei que tem e peço mil desculpas pela informação errada. Depois falo sobre a continuação, mas já posso dizer que a capa é bem legal.