Lucinda Riley Editora Novo Conceito Páginas: 560 |
Sinopse: "Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações.
Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park...
E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia."
Confesso que no começo não
me empolguei muito para ler, pois no meio de uma enorme lista de espera não
seria uma das primeiras opções. Ao saber que a autora estaria na Bienal do
Livro de SP resolvi arriscar a ler suas mais de quinhentas páginas no curto
prazo de tempo que me restava até o dia.
Me encantei com ele logo
no começo, pois demonstrou ter um grande enredo e ao me deparar com parte dele
sendo de “época” (o que não deixa de ser um romance histórico e se não for é
bem parecido com um), nos tempos de
guerra e ao se passar na minha querida
Inglaterra fez com que me conquistasse ainda mais. Eu adoro quando me pegam de
surpresa desse jeito.
“O que foi que Jhon Lennon disse mesmo? – Kit olhou para o teto buscando inspiração. – Ah,sim! “ A vida acontece enquanto você está ocupado fazendo outros planos.” Não há nada mais verdadeiro. Nenhum de nós tem controle sobre nada e, apesar de geralmente ser necessária a dor para percebermos isso, quanto mais cedo aprendermos, mais cedo tentaremos viver um dia de cada vez e aproveitar a vida ao máximo.”
O livro nos envolve em
várias histórias ao mesmo tempo, umas entrelaçadas nas outras (em cada uma
delas começavam a contar outra) e isso desperta cada vez mais a curiosidade,
pois sempre ficam coisas a serem esclarecidas. Ter parte dele contando algo que
se passou na Segunda Guerra me encantou mais ainda, principalmente por ser um
outro ponto de vista.
“- Há um antigo ditado francês, madame, que diz que, para pertencermos ao futuro, devemos aceitar o passado.”
Ele é lindo demais,
emocionante, empolgante, me encantou do início ao fim, sem mencionar que me
surpreendeu o tempo todo. Que delícia! Acabei lendo todo de uma vez só – em um
dia – de tão envolvente que é. Eu me identifiquei com a Julia em alguns
aspectos e ver como ela enfrentou tudo apesar de todo o sofrimento me deu uma
força.
Eu mal posso esperar para
ler outras obras da autora, que é um amor de pessoa e me recebeu com muito
carinho na Bienal. Uma curiosidade: a Lucinda contou que o conto da orquídea
negra, logo no início do livro, foi criação dela.
“Quando eu era criança – Júlia, por fim, limpou a garganta e disse -, minha mãe falou do “Jogo do Contente” de um livro chamado Polyanna. Você tem de pensar no que tem, não no que não tem. É batido e simplista, eu sei, mas é verdade.”
"Disseram-me, certa vez, que a morte é tão natural quanto o nascimento, parte do ciclo infinito de alegria e dor para os humanos. Virá para nós todos e nossa incapacidade de aceitar nossa própria mortalidade e a daqueles que amamos também faz parte da condição humana.Qualquer que seja a maneira como a morte vem, a perda é inaceitável para quem fica.”