Sinopse:"Apenas Um Dia - A vida de Allyson Healey é exatamente igual a sua mala de viagem: organizada, planejada, sistematizada. Então, no último dia do seu curso de extensão na Europa, depois de três semanas de dedicação integral, ela conhece Willem. De espírito livre, o ator sem destino certo é tudo o que Allyson não é. Willem a convida para adiar seus próximos compromissos e ir com ele para Paris. E Allyson aceita. Essa decisão inesperada a impulsiona para um dia de riscos, de romance, de liberdade, de intimidade: 24 horas que irão transformar a sua vida. Apenas um Dia fala de amor, mágoa, viagem, identidade e sobre os acidentes provocados pelo destino, mostrando que, às vezes, para nos encontrarmos, precisamos nos perder primeiro... Muito do que procuramos está bem mais perto do que pensamos."
Eu já tinha gostado dos outros livros da autora publicados pela Novo Conceito, e aí a autora fala de Shakespeare - principalmente "Noite de Reis", Europa e me ganha completamente.
Eu me encantei com a Allyson e apesar de não ter ido para a Europa e nem conhecido um cara gato daquele, me identifiquei muito com ela, com as coisas que ela passa e sente pós França. Enquanto ela descrevia como ela se sentia, a vida que levava era como se de certa forma ela tivesse contando parte da minha história. É bem provável que isso tenha criado em mim um carinho especial por esse título e me deixado cheia de vontade de ler tudo que a Gayle Forman publicar, não foi a toa que eu fui correndo ler o segundo livro, principalmente quando já estava no final deste e me toquei do que se tratava "Apenas um ano" (acho até que demorei demais para fazer a associação dos fatos rs).
Depois de um Tour pela Europa que foi um tédio para Allyson, ela conhece um cara e resolve ir para França com ele - único lugar que estava na programação e ela não conseguiu conhecer por motivos de força maior. O que ela não imaginava eram todas as coisas que ela viveria em menos de 24 horas, e que considerando a vida que ela sempre levou, valeu mais do que uma vida inteira de emoções.
"- Bem, teve um cara... - começo.
Ele balança a cabeça e estala a língua suavemente, como uma querida avó repressora.
- Sempre tem."
Eu fiquei arrasada quando tudo deu errado, mas o que ficou de pisca alerta na minha mente era "mala, mala, mala". Como alguém esquece a mala? Acho que eu teria um treco se minha mala tivesse ficado em outro país muito distante e eu não tivesse nenhuma perspectiva de voltar lá tão cedo. Se bem que a confusão e dor dela deviam ser tão grandes que é compreensível. Aliás, é muito compreensível, já passei por isso e minha mala também ficou pra trás.
De uma certa forma da a sensação de que o livro em si é correspondente aquele dia e que o restante que está escrito é como se eu tivesse lendo o que aconteceu depois, aquela parte que sempre ficamos imaginando quando terminamos uma leitura. Foi uma experiência interessante, mas melhor do que isso foi poder acompanhar a superação dela, de mudança, de deixar pra trás alguém que ela não era mais e ter coragem de enfrentar tudo e todos e finalmente assumir quem ela queria ser. (A mãe dela me dava nos nervos querendo controlar até a calcinha que ela ia vestir.)
"[...] alguns amores duram para sempre. Principalmente se acontecem em Paris."
Confissão: ultimamente os livros não estavam me empolgando tanto, então foi um alívio as emoções e sensações que esse me causou, por isso eu super recomendo essa leitura!