Gabito Nunes Editora: Leitura Páginas: 238 |
Tudo começou com um pé na bunda que além de sofrimento gerou um site de crônicas conhecido por Os Caras Como Eu, com cerca de 50 mil acessos por mês. Um dia eu chego lá.
Foi difícil selecionar apenas esses, mas confira alguns trechos para despertar a sua curiosidade:
"Todo amante se arrisca meio poliglota "amore mio", "mon amour", "meine liebe", "my love" ou "meu amor" mesmo."
"O cúmulo da saudade é amar. Você sente mesmo estando juntinho."
"O amor costura bainha nas adversidades, sendo possível em qualquer escala, em toda idade, seja qual for a distância."
"Ninguém vai te salvar enquanto o mal e a cura contiverem apegados no mesmo frasco."
"E daí se o "eu te amo" está perdendo o impacto? Não deveria servir pra chocar ninguém mesmo."
"Ou se percebe o envolvimento ao sentir um medo de perder tudo aquilo que ainda não sabe se já tem?"
Eu gosto da capa, mas não chama tanta atenção. Não é um tipo de livro que seria um dos primeiros que eu notaria na livraria, talvez até passasse despercebido, o que seria um erro. Agradeço a Editora Leitura que evitou meu erro de nunca ler esse livro. Por que? Bom, pra começar eu gostei muito do jeito que o autor escreve as crônicas. Eu ousaria dizer que é uma poesia disfarçada. Pode parecer, mas não é fácil falar do amor e das coisas que ele nos proporciona, boas ou ruins. Talvez pra alguns até seja, mas eu me refiro a falar algo que tenha realmente significado. É transformar o complicado no simples e o simples no complicado. Eu concordo quando dizem que o cotidiano dá boas histórias. Para uns pode ser até que soe como algo comum demais, mas desse comum que saem as coisas mais incomuns. E é um desafio escrever sobre as coisas reais do dia a dia e despertar o interesse de ler nas pessoas.