Vanessa Bosso Editora Dracaena Páginas: 207 |
Vanessa Bosso, autora de ‘2012 – Uma aventura no fim do mundo’, traz em ‘O Imortal’ uma proposta interessante e curiosa (como pode ser vista na sinopse). A proposta do livro chama atenção, principalmente se você já leu algo que ela escreveu.
Nicolas, um homem de 533 anos, com aparência de 33, imortal e muito rico vive em um castelo em um país chamado França na companhia de seu amigo e mordomo Pierre. A única coisa que ele pensa é encontrar uma maneira de morrer já que depois de todo esse tempo cansou da imortalidade. Isso até ele conhecer Sophie, uma mulher que vai mexer com tudo que ele sabia sobre o amor e consequentemente mudar sua vida.
Comparando esses dois livros dela que eu li, me parece que ela gosta de abordar temas polêmicos – fim do mundo, imortalidade – e o ponto disso tudo é que se você conhece um pouco desses temas e/ou leu sobre isso percebe que a Van realmente estudou e pesquisou sobre os temas e conseguiu colocá-los de uma maneira diferente mas sem fugir de uma possível realidade (o que dá muito mais trabalho, na minha opinião, do que sair inventando coisas fantasiosas demais).
Assim como ‘2012’, não dá vontade de parar de ler até chegar ao final e saber o que e como tudo aconteceu. Apesar de todo sofrimento causado pelas barreias do amor, Nicolas continua vivendo, tem um objetivo. Ele não fica largado em um canto até que tudo se resolva milagrosamente. E também as personagens são mais maduros – na faixa dos 30 – diferente dos livros que vemos em destaque que as personagens são adolescentes em sua maioria. Eu também gostei da maneira com que ele age em relação a ela (em todos os sentidos) e sobre o final, apesar do livro dar pistas do que acontece (índice) foi surpreendente. Ah, achei bem intrigante a origem do elemento para a imortalidade. Em outras palavras, eu amei!
Esse é o primeiro livro da editora Dracaena que eu tenho contato e, apesar de alguns erros – que encontramos em 99,9% dos livros publicados no mundo -, eu gostei muito do trabalho que eles fizeram.
P.S. Mais uma vez eu preciso falar sobre a qualidade da literatura brasileira e de quanto ela merece reconhecimento a começar pelo próprio país e suas editoras e leitores.