As vantagens de ser invisível

14 de fevereiro de 2013

Stephen Chbosky
Editora Rocco
Sinopse:"Ao mesmo tempo engraçado e atordoante, o livro reúne as cartas de Charlie, um adolescente de quem pouco se sabe - a não ser pelo que ele conta ao amigo nessas correspondências -, que vive entre a apatia e o entusiasmo, tateando territórios inexplorados, encurralado entre o desejo de viver a própria vida e ao mesmo tempo fugir dela. As dificuldades do ambiente escolar, muitas vezes ameaçador, as descobertas dos primeiros encontros amorosos, os dramas familiares, as festas alucinantes e a eterna vontade de se sentir "infinito" ao lado dos amigos são temas que enchem de alegria e angústia a cabeça do protagonista em fase de amadurecimento. Stephen Chbosky capta com emoção esse vaivém dos sentidos e dos sentimentos e constrói uma narrativa vigorosa costurada pelas cartas de Charlie endereçadas a um amigo que não se sabe se real ou imaginário. Íntimas, hilariantes, às vezes devastadoras, as cartas mostram um jovem em confronto com a sua própria história presente e futura, ora como um personagem invisível à espreita por trás das cortinas, ora como o protagonista que tem que assumir seu papel no palco da vida. Um jovem que não se sabe quem é ou onde mora. Mas que poderia ser qualquer um, em qualquer lugar do mundo."

Quando pensei no título, fiquei me perguntando e ao mesmo tempo tentando pensar em quais seriam essas vantagens. Porém,  no livro em si eu não consegui encontrar exatamente uma vantagem. Não sei se porque eu não estava prestando atenção nesse detalhe ou se não existia mesmo.
"Então, esta é minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim."
Eu me identifiquei com o que Charlie conta em alguns momentos, e o formato escolhido pelo autor - o de cartas - aproxima quem está narrando os fatos de quem está lendo. Eu acho que escrever cartas é uma boa maneira de colocar pra fora algumas coisas que você sente, vive... É também uma boa forma de refletir sobre as coisas, principalmente se levar em consideração tudo que ele diz passar.
"A gente aceita o amor que acha que merece."
Apesar das cartas serem datadas de 1991 (até porque senão seriam provavelmente e-mails) muitas vezes se esquece de que o que acontece é de uma data tão distante, porque retrata muitas coisas que poderiam ser nos dias de hoje - mas aí ele começa a falar de gravar fita K7 e de Lado A e Lado B e além de lembrar da minha infância também me dei conta de que não era tao atual assim. Ok, estou ficando velha...rs
"Não sei se você já se sentiu assim, querendo dormir por mil anos. Ou se sentiu que não existe. Ou que não tem consciência de que existe. Ou algo parecido. Acho que querer isso é muito mórbido, mas eu quero quando me sinto assim. É por isso que estou tentando não pensar."
Depois de muito pensar e ouvir a opinião de uma amiga eu levantei a seguinte teoria: essas cartas que ele envia para esse "amigo" na verdade é como se ele enviasse para o leitor que vai sabendo de sua vida pelo ponto de vista que ele quer mostrar.
"Não há nada como a respiração profunda depois de dar uma gargalhada. Nada no mundo se compara à barriga dolorida pelas razões certas. E essa era ótima."
Minha leitura desse livro foi super rápida, uma noite foi suficiente. E, é claro que eu estou muito curiosa pra ver o filme, principalmente por ter a Emma Wattson (cresci vendo Harry Potter). Apesar do livro falar muito de trilha sonora, eu me liguei mais na bibliografia. Um dia depois de ter lido, em um sebo, identifiquei vários livros que ele cita no decorrer da narrativa e que teriam passado despercebidos aos meus olhos se não fosse por isso. Deu até uma curiosidade, mas com a pilha de livros que eu tenho pra ler tudo que eu tenho pra dizer a minha curiosidade é: Só que não! hahahahah
"Eu morreria por você. Mas eu não viveria por você."