Um retrato comovente de um verdadeiro amor, que vai tocar o coração de quem tem um primeiro amor todo seu
Sinopse: "Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas."
Confesso que é o primeiro livro do James Petterson que leio e talvez seja o último que ele me deixou completamente destroçada a ponto de ficar pensando em como eu iria escrever sobre. Portanto gostaria de deixar avisado que se você tiver tendência a depressão ou tiver tentando sair dela, principalmente se estiver na fase boa: fique longe ou esteja BEM preparado.
Axi e Robinson fazem parecer que fugir e principalmente sair de casa com algumas economias e uma mochila com as coisas mais necessárias é a coisa mais fácil do mundo. Até cogitei, bem de longe, testar. É claro que eu desisti, pelo menos por enquanto, pois mesmo que eu tenha mudado minha vida e meu modo de pensar e em alguns casos radicalmente, não foi o suficiente para uma aventura dessas. Porém, na segunda parte do livro fica bem claro o porque de tudo isso e talvez se eu tivesse na mesma situação iria querer fazer algo assim.
"Eu estava começando a desenvolver uma teoria sobre sentir falta das coisas em geral. [...] Se eu praticasse sentir saudades de coisas pequenas[..., talvez me acostumasse a sentir falta das coisas. Daí, quando sentisse falta de alguma coisa realmente importante, talvez eu sobrevivesse."
Falando em partes, as duas partes mexeram muito comigo, de formas diferentes é claro. A primeira desperta muito o espírito aventureiro e a vontade de aproveitar a vida. Faz pensar em quantas coisas existem no mundo e que estamos deixando de ver. Dá um pouco de vontade de largar tudo, principalmente os problemas as pessoas que me conhecem sabem o quanto eu daria tudo para fugir pra Londres na tentativa de esquecer a minha dor e curtir ao máximo. Já a segunda parte acrescenta informações importantes e desconhecidas até o momento que fazem tudo ter muito mais sentido, porém é uma parte dolorosa de ler. Mesmo sabendo que os livros são ficção - apesar desse ter sido inspirado em uma história de vida do autor - o que estamos lendo de certa forma se torna uma verdade pra nós. Vai dizer para um fã que o mundo de Harry Potter não existe?! Pode até na existir exatamente no nosso mundo, da forma como nós vemos e vivemos tudo isso aqui, mas ele existe sim em algum lugar feito especialmente para esse mundo existir...
Não sei se por ser leitora e autora eu veja dessa forma, mas deixando minha viagem um pouco de lado, eu peguei no livro achando que não ia gostar tanto assim, mas me envolvi de uma forma diferente com tudo isso. Eu tenho medo de dar spoilers, principalmente do final, mas com esse tive um cuidado ainda maior, pois qualquer informação a mais pode estragar as surpresas e emoções que esse livro nos traz.
"- Onde está o manual de instruções para as coisas importantes? Eu quero! - gritei. -Quais são as instruções para, não sei, para a vida?
A risada de Robinson desapareceu lentamente.
- Axi, se nós tivéssemos um manual, isto não seria a vida. Seria uma tarefa de casa. Não saber o que acontece faz parte do negócio."
Depois do aviso no início do post, esteja preparado ou não para o que Primeiro Amor vai lhe proporcionar!
