Sábado à noite

13 de fevereiro de 2012

Babi Dewet
Editora: Independente
Páginas: 288
Sinopse: "Amanda, uma adolescente como muitas outras, é popular na escola e vive com seus dramas e romances. Os amigos do seu amigo de infância são considerados os ‘marotos’ do pedaço por desrespeitarem as regras. Tudo ao seu redor acaba desmoronando quando um amor mal resolvido volta à tona e a sua amizade é posta em prova. Se não bastasse, seu diretor resolve dar bailes aos sábados e uma misteriosa banda mascarada foi convocada pra tocar. Mas suas letras dizem tanto sobre ela… quem serão esses mascarados de Sábado à Noite?"


Tem muito tempo que eu queria ler esse livro e na Bienal eu não pude comprar (:X), mas não resisti a promoção de fim de ano e garanti o meu exemplar. O que foi ótimo, pois como ele agora será publicado por uma editora, por enquanto não tem livros sendo vendidos. (Parabéns, Babi! Muito sucesso.)
Eu adoro livros que contam do Ensino Médio. Tem todos aqueles conflitos adolescentes (que todos nós passamos ou estamos passando) e tudo o mais... O melhor é que esse é nacional, ou seja, mais próximo da nossa realidade, já que muitos livros que eu leio com esse cenário vem de fora. Aliás, eu posso dizer que comecei 2012 com pé direito em relação aos nacionais.
Dois detalhes que não me agradaram muito foram:
- Daniel ficar falando fofa muitas vezes e em seguida. Quando ele conversava com a Amanda, em quase todas as frases terminava com "fofa". 
- As letras das músicas que a banda fez não me agradaram, mas isso é uma coisa pessoal, afinal, gosto não se discute. Eu não conseguia imaginar a banda tocando aquela música e ficando boa ou se encaixando em uma melodia, mas talvez se a letra falasse sobre mim eu gostasse ou se eu os ouvisse tocando. 
Aliás, com toda essa coisa do Book Trailer, expectativa, fotos etc, parecia que eu estava lendo um filme. (Hein?!) O que seria isso? As cenas ficavam tão nítidas e ao mesmo tempo era como se existisse um filme mesmo. Só que depois eu me dava conta de que era apenas o livro mesmo. Galerinha do cinema: Fica a dica! ;)
A relação do Daniel com a Amanda é daquelas que dá vontade de ter uma igual, principalmente se a idade regula com a deles. É impressionante como tem coisas que ficam bem diante dos nossos olhos e não enxergamos, ou então, por medo deixamos de arriscar. Muitos problemas e sofrimentos poderiam ser evitados se as pessoas não tivessem tanto medo de tomar atitudes na vida. (Sim, eu também estou falando de mim.) Mas é claro que sem essas confusões e mal-entendidos, que todo mundo percebe menos os protagonistas, as tramas não teriam tanta graça e bem despertaria em nós tantos sentimentos como compreensão, cumplicidade, compaixão, ficar na torcida para tudo dar certo... Sem falar que não teria enredo. É claro que amamos muito tudo isso!
Agora, que final foi aquele? Quando eu me dei conta de como ia terminar, quis "bater" na Babi! Ficou muita, mas muita coisa em aberto. Eu não consigo imaginar o que esperar do próximo, mas isso não me fez gostar menos do livro, pelo contrário, eu gosto de coisas realista porque nos fazem acordar e perceber que nem tudo vai ser perfeito sempre e que decisões e atitudes erradas podem trazer consequências que não tem retorno. É isso que faz a vida ter graça, não temos como saber o que nos espera no final de cada caminho que tomamos. ;)
Informação extra: Toda vez que alguém chamava ele de Danny, era impossível não lembrar da Evellyn berrando o nome dele toda vez que uma música do McFly tocava.
Dessa vez eu escolhi trechos que achei engraçados. Quis fugir um pouco dos padrões que costumam ser os românticos etc.
"Outch! - Fred disse baixinho com Bruno ao seu lado. Os dois riram e continuaram a ouvir a conversa porque a parede da cozinha era muito fina. E eles estavam com os ouvidos grudados na porta, claro."
" - Cuidado que ela também tem dom de estragar controles - Caio disse e Rafael arregalou os olhos.
- Eu posso ser agressiva quando fico ansiosa - a garota disse dando de ombros.
- Tudo bem - Rafael olhou pra TV - O vídeo game é do Bruno mesmo - e os outros dois riram."
" - Não consegui dormir.
- Isso tem nome? - Bruno perguntou na carteira ao lado. Caio apenas olhou pra eles.

- Tem. Insônia - Daniel falou e os quatro riram."