Brilhos

30 de abril de 2012

Sophia Bennett
Editora Intrínseca
Páginas: 288

Sinopse: "Crow está vivendo o sonho de todo estilista. Nonie fisgou a atenção de um garoto maravilhoso. Jenny ensaia agora sua nova peça. Edie, porém, está com problemas... Em meio à euforia com a chegada da primeira coleção de Crow às lojas que vestem as garotas mais antenadas de Londres, surgem sérios rumores de que as tão cobiçadas roupas vêm sendo produzidas à custa do trabalho escravo de crianças na Índia. Não pode ser, claro... Ou será que pode? Na dúvida, as amigas topam ir conferir. Lá, elas não só descobrem a explosão de cores e brilhos de uma cultura que ainda não conheciam, mas também deparam com uma grande questão: o que vale mais, seus sonhos ou seus ideais? "

Após ter me encantado com Linhas (link da resenha no final do post), a Sophia me conquistou ainda mais com Brilhos. Depois de tantas mudanças radicais na vida das pessoas no primeiro livro, eu cheguei a pensar que as coisas estariam mais calmas ou 'devagar' no segundo, mas me enganei completamente. No meio de lançamento de coleção, desfiles, visita a Paris e todas as coisas que as cercam, Edie recebe uma denúncia de que as roupas de Crow são produzidas por crianças em regime escravo na Índia. É claro que desestrutura tudo. No meio dessa confusão as amigas ainda tem que lidar com provas finais chegando, a estreia de Jenny no teatro, Sigrid, as acusações que caem sobre Edie e seu blog e o gatinho que Nonie compara a Robert Pattinson. Falando em Nonie, eu a acho muito divertida e fico 'impressionada' como meninas tão jovens conseguem lidar tão bem com os problemas que surgem. Eu gosto muito do jeito que a Crow tem de ficar alheia, em alguns momentos,  as coisas que estão em volta e poder se concentrar e se dedicar só ao que tem vontade, como quando está desenhando, observando algo ou fazendo suas criações.
Na visita feita a Índia (É aí que ele entra como livro do desafio do mês: cenas que se passem na Ásia ou África.) elas se depararão com uma cultura diferente do que estavam acostumadas e conhecem pessoas especiais. Sem falar da visita ao Taj Mahal...
Além de conto de fadas contemporâneo ele traz elementos da realidade de pessoas que nem imaginamos que passam por aquelas coisas, assim como no primeiro, e desperta reflexões, e pelo menos em mim, vontade de fazer alguma coisa para fazer alguma diferença no mundo e ajudar ao próximo. Ah, sem falar na vontade que me dá de voltar a fazer meus desenhos e roupas.
Os livros dessa série, para mim, tem ingredientes que os destacam dos outros do mesmo estilo e os tornam marcantes.
"- Está tudo bem, Nonie? -  ele articula as palavras sem emitir som.- Tudo bem - respondo da mesma forma, fazendo um sinal positivo com o polegar para reforçar a ideia.Estou acostumada a mentir para adultos. É um velho hábito. Simplifica as coisas."
"Saboreio o momento. Eu lendo em uma língua estrangeira (tudo bem, olhando fotos em uma língua estrangeira, mas ainda conta) [...]"
"Ele agita bilhetes de metrô de papel-cartão branco para todas nós e sinto um súbito calor. As passagens de metrô de Paris estão na minha lista das dez coisas mais românticas do mundo."
"A boca de Edie continua se movendo e eu sei que ela ainda está falando sobre a falta de tecnologia na casa do meu pai, mas acabei de notar que, atrás dela, um garoto com cabelo louro desalinhado está olhando para mim. E já tem algum tempo. E ele é EXTREMAMENTE GATO. Se Robert Pattinson tivesse um irmão mais novo louro, de cabelo desalinhado, seria ele."
Confira: